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A hecatombe anunciada

Mortes diárias por milhão de habitantes no Brasil / Reprodução: Our World in Data

A hipótese de que o Brasil vai perder 5.000 vidas em 24 horas para o coronavírus assombra o mundo. 

Pesquisadores e analistas já preveem essa catástrofe há alguns meses. A Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, no Rio de Janeiro, apontou que a pandemia pode atingir seu estado mais letal entre abril e maio.

Dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostram que 23 dos 26 estados e Distrito Federal registraram a mesma tendência fatal.

Não sei como alguém ainda não vê o tsunami que vai varrer o Brasil.

Miguel Nicolelis

A hecatombe”, como definiu o médico, neurocientista e professor catedrático da Universidade Duke (EUA) Miguel Nicolelis em entrevista ao jornal O Globo, “terá seu auge em julho deste ano, quando atingirá a marca de meio milhão de brasileiros mortos”.

Não vai mais ser só crise sanitária, começam a ter distúrbios sociais.

Miguel Nicolelis

Parece irreversível. Além da recessão econômica, um luto coletivo devasta o país. O que vai restar de felicidade no povo que já foi conhecido como gentil e alegre, em um Brasil pós-desgraça anunciada?

Fumaça do Crematório Metropolitano em Porto Alegre, março de 2021/ Reprodução: redes sociais
Delma é jornalista, mestra em Estudos de Gênero e aqui escreve sobre cultura, feminismos e política brasileira. Trabalha há mais de 15 anos com conteúdo e marketing digital.
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