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Cidades mais inovadoras e inclusivas têm maior poder de recuperação

São Paulo (67ª), Buenos Aires (69ª) e Cidade do México (87ª) são as únicas cidades da América Latina que aparecem entre as 100 mais inovadoras do mundo, de acordo com o índice Innovation Cities 2019.

Foto: Tayla Kohler, Unsplash

O índice Innovation Cities 2019, quando analisado em conjunto com o relatório sobre inclusão da população LGBT+, Open for Business , dá pistas de que as cidades inovadoras são também as mais inclusivas e têm chances maiores de emergir rapidamente – e mais fortes – do cenário de recessão econômica que surge no horizonte pós-pandemia.

Economias mais inclusivas estão em melhor posição para se recuperar dos choques da pandemia do COVID-19.

Jon Miller, fundador da Open for Business, no blog do Fórum Econômico Mundial

Em um artigo recente publicado no blog do Fórum Econômico Mundial, o fundador da ONG Open for Business, Jon Miller, estabelece a relação direta entre a capacidade de recuperação econômica das cidades com melhores posições nos rankings de inovação e de abertura à população LGBT+.

Existe uma forte correlação positiva entre inclusão LGBT+ e resiliência econômica. Agora é a hora de abraçar as comunidades LGBT+, não de estigmatizá-las.

Jon Miller

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Clique na imagem para acessar o relatório completo Open for Business City Rankings.

Em particular, as cidades que adotam a diversidade podem colher um “dividendo da inclusão” à medida que começam a reconstruir suas economias.

Há uma forte mensagem para os governos que estão usando a pandemia como pretexto para intensificar a discriminação contra pessoas LGBT+“, diz Miller.

Ao mesmo tempo em que as tendências econômicas vão na direção da tolerância, o texto ressalta que “nas últimas semanas, houve um aumento da atividade anti-LGBT+ em todo o mundo: a expansão das “zonas livres de LGBT” na Polônia, por exemplo, ou a legislação anti-trans na Hungria. Em Kampala, 20 ugandenses LGBT+ foram presos sob o pretexto de que haviam violado leis para impedir a propagação do COVID-19. Líderes políticos e religiosos nos EUA, Irlanda, Israel e Irã culparam publicamente a comunidade LGBT+ pela pandemia, e ativistas relatam que isso levou a um aumento nos crimes de ódio“.

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De volta ao artigo de Jon Miller, o ativista destaca que a conexão entre resiliência e inclusão é amplamente aceita pelos formuladores de políticas. “O Banco Mundial descreve “comunidades inclusivas” como uma dimensão fundamental de cidades sustentáveis e resilientes. A OCDE identifica a “sociedade inclusiva” como um fator de resiliência em uma cidade. O FMI afirma que uma economia é “mais frágil e menos resistente quando não é inclusiva“. Um relatório da ONU Habitat conclui que a inclusão é necessária para uma “agenda bem-sucedida de resiliência urbana”, embasa o texto.

Criar sociedades inclusivas não é apenas a coisa certa a se fazer; como as evidências mostram, é uma parte importante de uma estratégia econômica focada em resiliência e recuperação.

Jon Miller

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