Com informações de The Atlantic
De acordo com uma narrativa comum que percorre aplicativos chineses de mensagens, um soldado americano teria sido o paciente zero da pandemia do novo coronavírus. A conversa sobre as origens americanas da doença começou em Janeiro em serviços de chat e pequenos canais do YouTube. As teorias não “colaram” no início, e essas pequenas contas também especulavam sobre “armas biológicas”.
“Internautas e especialistas chineses pedem aos Estados Unidos que divulguem informações sobre a saúde de um delegado dos EUA que participou dos Jogos Mundiais Militares em Wuhan“, afirmava uma história de 22 de fevereiro do Global Times. A publicação, uma ramificação do órgão do Partido Comunista Chinês People’s Daily, insinuou que um ciclista militar dos EUA poderia ter trazido a doença de Fort Detrick, em Maryland.
A mídia estatal chinesa pegou a história das conversas na Internet e a transformou em um fenômeno internacional que envolve não apenas os canais oficiais, mas também diplomatas influentes. Alguma semelhança com o Brasil?
Canais estaduais, com seguidores maciços de Facebook, se afastaram dos reconhecimentos anteriores de que o vírus havia se originado em Wuhan, reformulando a idéia como meramente uma teoria – apenas uma das muitas incógnitas.
Zhao Lijian, porta-voz e vice-diretor geral do Departamento de Informações do Ministério das Relações Exteriores da China, especulou para seus meio milhão de seguidores no Twitter que os Estados Unidos estavam ocultando secretamente as mortes de COVID-19 no início de 2020 nas contagens anuais de gripe.
Just take a few minutes to read one more article. This is so astonishing that it changed many things I used to believe in. Please retweet to let more people know about it. https://t.co/jprOhxlYE9
— Lijian Zhao 赵立坚 (@zlj517) March 13, 2020
Em um ato de diplomacia duvidosa, ele compartilhou um artigo do site Global Research que diz na manchete: “Mais evidências de que o vírus se originou nos EUA”
Leia aqui o artigo completo com o desenrolar desta história no site da The Atlantic (em inglês).