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Secretário-geral da ONU denuncia escalada da violência militar em Mianmar

A autoridade máxima da ONU postou nota oficial no perfil pessoal pedindo o fim dos assassinatos de manifestantes pacíficos, inclusive jornalistas.

Soldados se aproximam de um protesto no município de North Okkalapa, em 4 de março.
Fotos: Myanmar Now

Em um comunicado oficial, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, declarou que “o assassinato de manifestantes pacíficos e detenções arbitrárias, incluindo jornalistas, é totalmente inaceitável“.

A nota divulgada diz que “os militares continuam a desafiar os apelos, inclusive do Conselho de Segurança, para acabar com as violações dos direitos humanos fundamentais e retornar ao caminho da democracia. Uma resposta internacional firme e unificada é urgentemente necessária“.

Este vídeo, publicado no perfil do Facebook do site independente Myanmar Now, mostra o momento em que as forças da junta militar reprimiram um protesto em Myawaddy. Uma pessoa foi atingida no olho por uma bala de borracha e outro na coxa com munição real, de acordo com um manifestante.

Golpe dos militares em 1º de fevereiro gerou revolta generalizada

Mianmar vivia uma fase democrática desde 2011, depois de quase 50 anos de regime militar.

O exército derrubou o governo eleito, prendeu líderes políticos, fechou o acesso à internet e suspendeu os voos ao país.

Resumo do golpe militar em Mianmar

Eleições

A última votação havia sido em novembro do ano passado, quando o principal partido civil, a Liga Nacional pela Democracia (NDL, na sigla em inglês), venceu 83% dos cargos em disputa. O novo Parlamento iria então aprovar um novo governo.

Contestação do resultado

Os militares se recusaram a aceitar esse resultado. Eles alegam que houve “enormes irregularidades” nas eleições legislativas de novembro. Os militares tentaram argumentar na Suprema Corte do país que os resultados das eleições eram fraudulentos. Eles não apenas ameaçaram agir como cercaram os prédios do Parlamento com soldados.

Estado de emergência anunciado na TV

Rapidamente, os militares assumiram o controle da infraestrutura do país, suspenderam as transmissões de televisão e cancelaram os voos domésticos e internacionais.

O golpe foi anunciado em uma estação de TV que pertence aos militares. Um apresentador citou a constituição de 2008, que permite aos militares declarar uma emergência nacional. O estado de emergência, disse ele, permanecerá em vigor por um ano.

De acordo com um funcionário da ONU, houve pelo menos 38 mortes em todo o país em 3 de março, tornando-o o dia mais mortal no conflito que completa quase dois meses para forçar a junta de Mianmar a restaurar o governo civil.

Imagens de Mianmar em guerra por Democracia

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