Foto: Michael Geiger, Unsplash Publicado em 18 de janeiro de 2020
À medida que avançamos em 2020, refletimos sobre as maneiras pelas quais o mundo está mudando ao nosso redor. Talvez seremos vistos em carros autônomos em breve, ou talvez nossos filhos farão turismo fora do planeta. O fato é que há uma grande evolução digital ocorrendo agora, e ela deixa rastros por onde passa na nossa vida offline.
Se considerarmos que o DNA seja o primeiro ‘rastro digital’ que se tem notícia, podemos nos considerar um caso de sucesso simplesmente por existir. Se você está lendo isso, parabéns, é sinal de que muitas e muitas coisas já deram muito certo.
Neste longo caminho, estivemos suscetíveis a todos os tipos de bug. Hoje podemos fazer um mapeamento genético da saúde e da ancestralidade através da saliva por ‘módicos’ 200 dólares, e quando você ler isso pode ser que já esteja pela metade do preço. De qualquer forma, cirurgiões plásticos, dentistas, psicólogos, psiquiatras, astrólogas, maquiadores e cabeleireiras… cada profissional que lida com o corpo ou a alma de humanos deve ter uma mínima noção dos nossos bugs com padrões estéticos ou morais, ainda indetectáveis em um teste algorítmico de DNA.
Atravessamos um bug na História
Existem também os bugs invisíveis, coletivos e individuais, uns produzem uma desigualdade monstruosa, outros desafiam democracias, e vão além dos algoritmos das redes sociais. Este é um bug mais visível pelo pessoal ‘de humanas’. Há especificamente um bug no ‘algoritmo’ capitalista que não tem uma imagem que o traduza. É um bug que incomoda e não possui um e-mail de contato nem gera um número de protocolo. Vamos mostrar por aqui que alguns ultrarricos já fizeram a conta, e estão se dando conta, aos poucos, que o que é bom para eles, não é bom para todo mundo.
A tecnologia não é um fim em si
Os erros são onipresentes, nos tomam tempo e paciência, e ajudam a derrubar a ideia de que existe uma ‘vida digital’ perfeita. O fascínio pela tecnologia tem ofuscado as imperfeições e os bugs reais que toda a parafernália eletrônica pode provocar nas mãos erradas ou simplesmente bugando sozinha. Sem falar dos nossos cérebros. Ninguém está imune, tampouco conhecemos todos os efeitos possíveis.
O fascínio ofusca as imperfeições
É com um espírito questionador que nasce Vida Indigital. O sexo para reprodução vai se tornar obsoleto? Vamos ter seguro contra ataques hacker em nossos carros autônomos? O turismo na Lua é um capricho ou podemos acabar com a fome na Terra antes? O dinheiro como conhecemos vai acabar?
O negacionismo é um bug
Reproduzimos aqui, com liberdade e respeito às fontes, as informações relevantes para você ficar por dentro dos bugs, sejam digitais ou não. E ouvimos você também. Expressar esses bugs em textos acessíveis, claros, com comentários, checagem de fatos, cruzamento de fontes e pontos de vista é a nossa missão. Vamos nos esforçar para detectar e questionar bugs que acontecem neste exato momento à nossa volta.
Consideramos o ódio o maior bug. Uma de nossas pautas prioritárias é o combate às fakenews e aos discursos negacionistas, e vamos abordar as ações efetivas das empresas que monetizam o tráfego dessas informações na editoria de Desinformação.
Outro tema prioritário é Privacidade. Nossa editoria sobre este assunto se chama Insegurança Digital. Com a massificação da inteligência artificial, das casas conectadas e do reconhecimento facial, surge um novo horizonte ainda nebuloso e sem consenso sobre a extensão dos poderes da vigilância em massa. Vamos tratar também da proliferação de crimes digitais e golpes na internet, e dos megavazamentos de dados pessoais.
Vamos falar sobre o discurso artificial do empreendedorismo na editoria Startupismo, sem nenhum apego a gurus ou exemplos extremos de sucesso.
Somos experimentais
Para fazer este site, priorizamos a tecnologia disponível gratuitamente, embora a hospedagem e o tema usados tenham um pequeno custo. Terceiros coletam dados da sua navegação, e os detalhes sobre quais informações são coletadas e como são usadas você pode checar na nossa política de privacidade.
Boas leituras! Um abraço indigital.